Amor pautado em inabsência

500 Days of Summer

 Cena: Casal na cama de um quarto

― Aaahh...que saudades ― voz tremula ― como você tá gostosa. Quanto tempo hein Flávia! Ainda me ama? Huuum ― ele beija todo o corpo dela.

― Mmmm!! Também senti sua falta Marcelo. Porque só agora? ― ela passa as mãos nas costas dele e beija seu pescoço.

― Promete? Promete para mim vai? ― ele por cima segura firme os seios dela beijando sua boca com força ― Promete que vai me ver amanhã e que nunca mais vai me abandonar? ― ele puxa a calcinha para baixo e com os olhos fixos no dela entra bem devagar ― Diz que promete, diz?? Quer que eu continue quer?

― Queero...aaahhhh ― sua voz agora está mole

― Então promete que vai me ver amanhã!

― Aaaahhh...não posso prometer algo que não sei

― Hmmmm... ― ele bate delicadamente em seu rosto, enquanto se amam e sussurra  ― cachorra, o que você não sabe?

― Não sei se posso te perdoar, nem sei mais quem é você Marcelo  ― olhando fundo em seus olhos esperando o êxtase do prazer.

― Claro que sabe! ― sua voz está doce e fracionada ― me perdoa e fica comigo pra sempre?

― Não sem saber quem é você ― e os dois caem na cama e permanecem lado a lado com a respiração ofegante.

― Quem é o Marcelo? ― ele pergunta.

― E quem é Flávia? ― ela pergunta.

OBS da autora: Não sou muito dada a escrever texto com esse estilo mais erótico ou pornográfico, mas a ideia era tão boa que praticamente pulei da cama às 2h da manhã para escrever.  A intenção nesse texto é passar a sensação de como o amor é essa coisa louca e confusa o tempo todo. Parece tão real, mas na verdade pode ser ilusão, uma grande viagem para uma realidade projetada pela sua mente que se confunde com a imaginação. Não sei se consegui fazer com que o texto falasse por si só (até por isso, essa observação) e deixasse, você leitor, com a seguinte dúvida: Quem garante que não era mesmo o casal Marcelo e Flávia? Eu não garanto.

Resumindo, amor é essa viagem perturbadora que te faz confuso. Amor é como ópio e esse será o assunto do meu próximo post.

Abraços

Brunna Jonhsson